domingo, 24 de agosto de 2014

Adeus anafranil,adeus rivotril!

Antes mesmo de engravidar eu já tinha consciência de que durante a gestação eu teria que suspender o uso das minhas medicações.
Embora muitos médicos autorizem o uso das mesmas substâncias por mulheres grávidas a minha psiquiatra sempre me disse que não poderia tomar.
E porque eu engravidei mesmo assim?
Porque se não fosse assim eu não engravidaria, não realizaria o sonho.
Eu tinha um preço a pagar , eu estaria me arriscando a voltar a sofrer, mas,não ser mãe já estava me fazendo sofrer.
Apostei alto, paguei pra ver.
Com 5 semanas suspendi a medicação e...
Estou pagando o preço.
Desde então minhas crises voltaram como era antes.
Sintomas dos mais variados somados com os hormônio e sentimentos da gestação me trouxeram dias e noites de desassossego.
Meus medos esquecidos estão de volta e de mãos dadas com os medos do parto,de que algo aconteça com minha filha e por aí vai.
Tenho um marido incrível, que me entende, sofre comigo,me ajuda,me chama a realidade.
Meu trabalho e minha vida estão estacionados desde 5 semanas de gestação.
As noites são longas, dolorosas, assustadoras.
Os dias se misturam entre idas a médicos e tentativas de contornar esses sintomas.
No final do arco íris tem um pote de ouro chamado Lara Luísa, e meu sofrimento de hoje será o sorriso de amanhã quando a terei em meus braços.
Espero então sair do escuro e finalmente ser mãe, a mãe que eu sonho ser para a criança que sempre quis ter.

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